quarta-feira, 29 de junho de 2011

Lost in Amsterdam!


Caros amigos!!
Me encontro num ritmo intenso aqui, me organizando para os traslados e vendo pra onde o vento me leva.
Nestes últimos dias muita coisa rolou, paradinha em Rotterdam, 2 noites em Amsterdam em um hostel e agora é diretamente da Espanha que vos escrevo.

Antes, não posso deixar de falar dos momentos em Amsterdam!
Uma cidade que mais parece um playground, com artistas de rua, músicos, junkies, tarados e gente à procura da cannabis, que aqui é legalizada.


Entre as vielas espalhadas pela cidade, suvenirs, comida thailandesa, coffe shops, sex shops e pubs para todos os gostos.

Em um primeiro momento, um pouco perdido e sem direção, decido dar uma olhada na internet e ver o que há de festivais e eventos acontecendo.

Pego o endereço da loja de graffiti local, a HENX, lá vende várias marcas de spray, tem marcadores, roupas, bastante material. Valores bem baratos também. Pra ter uma idéia uma lata de spray HardCore custa 3 euros. (menos de 9 reais).


Alguns minutos depois e, opaaa! Roots Festival. Um festival holândes com diversas atrações músicais em um parque. Ainda, feira de roupas, alimentos e serviços e o melhor de tudo, for Free!

Por sorte encontrei gente conhecida lá, dois brasileiros que são amigos de uma amiga,de Poa. É bom achar alguém conhecido para  trocar idéias. (ainda mais em português!!!)


Volto à noite cansado, mas decido pernear pelas ruas, Levo meu caderninho e  me encosto numa das bordas do AMSTEL, o canal principal que corta a cidade e o lugar mais charmoso de Amsterdam.

Segundo dia, acordo cedinho e me organizo para pintar. Fiz contato com o grafiteiro ZEDZ, que foi quem me deu a direção para conhecer o Hall of Fame, onde é liberado para pintar.
Para achar o tal tram que me levava para o local, umas 10 voltas próximas à Centraal. 


Com os nomes das ruas em Holândes e os mapas não muito bem especificados nos pontos de tram e ônibus, acabei perdendo tempo até me encontrar. (Mas foi ai que eu me achei!)

Chegando no pico, vejo que é o final da estação, à direita uma enorme ponte e seus pilares todos pintados, Todos!
Fui entrando no local, e passei por uns 6 grandes painéis, até chegar num ponto e me deparar com um cara da Alemanha pintando. Ele assina Karm.

Troquei uma idéia. (um How are you pra lá, nice to meet you pra cá, you smoke? arrãm!)
 Acabei fazendo uma peça do lado e conversando melhor com o cara. Gente boa e tranquilo.


Bacana, pois uma certa hora aparecem dois caras para dar um "Opaaa, e vocês quem são??.  Mas levaram de boa, e resolveram continuar fazendo seus tags pelo lugar.


Penso: dois dias em Amsterdam é muito pouco tempo.
É uma cidade que se deve aprender a aproveitar. Tem de tudo que quiser. Muita arte nas ruas, música e a liberdade de um país que tem a maconha legalizada.
 

Nesses dias lá não presenciei nenhum problema. Andei sozinho em lugares escuros, tudo acontecendo ordenadamente. Lógico, se for andar por lá, procure as avenidas maiores pois não vai ter erro de se perder ou encontrar um "malucasso" em alguma viela.


Ainda, numa dessas caminhadas, descubro que está rolando uma expo com o Old School, BLAZE. O cara é de Nova Iorque, e como estava na divulgação do flyer:  O king  dos kings. Tá certo. Vamo tira uma foto com o tiozinho que já virou lenda da parada!


Ai tu me pergunta. Porra e a bike não andou???
Quase que esqueci de pegar bicicleta, pois gosto de caminhar, pegar metro. Mas no último dia me deliciei bandarolando nas vielinhas, desviando dos pedestres e levando buzinada dos carros. Era mais ou menos um GTA em Amsterdam.

Crazy days!!



Por fim, sobrevivo. Faço a mala novamente e me direciono pro aeroporto Shipol. Em 2 horas, piso em terras Espanholas. Barcelona, verão 2011. Is we!

domingo, 26 de junho de 2011

Cops Can't Dance!


Retomando as transmissões! 
Estava com problemas na rede esses dias e para fazer upload das fotos tava bem difícil.
Fiz essa pequena parada em Rotterdam. foram duas noites em parceria com amigo Camilo aka Hi Olav!! Que fez a preza de me deixar ficar em sua casa e ainda me levou para conhecer os lugares legais próximos do seu bairro.

Rottardem tem bastante espaço livre, são praças, ciclovias e avenidas que seguem até perdê-las de vista. É uma cidade muito limpa e organizada. 

Os graffitis definitivamente são apagados sem dó, poucos resistem e onde se acumula mais "obras de arte", obviamente é na linha do trem que atravessa o país.

Mas hoje estou querendo falar é dos artigos!!
Aqui, logo na chegada fomos ao supermercado para dar um conferes e comprar o que era necessário para passar esses dias por aqui. 

A variedade de cerveja é algo que me impressionou! Eu parecia criança em loja de briquedos quando eu avistei aquelas prateleiras cheinhas de cervejas dos mais variados tipos e países.
Tem cerveja belga, alemã, russa, holandesa, preta, branca, loira, morena, que é de brilhar os olhos. (e eu tô falando da cervejaaa!!)









Outro assunto importante é os artigos de vestuário. Aqui em  Rotterdam achei tudo mais barato que em Paris. Cameras, roupas, tênis, praticamente todas as coisas tem um percentual a menos no custo.

Isso me fez consumir algumas coisinhas aqui, mas que com certeza valeu a pena, pois tem muita coisa boa e barata.
Conheci um cara de uma lojinha tendêncian a cidade. A Extreme 21, tem marcas gringas bem conhecidas do povo e algumas peças escolhidas a dedo pelo próprio dono do lugar.

Muito simpático, fez questão de me apresentar à outras pessoas, dizendo que eu era do Brasil e falando sobre o meu trabalho. Não deu tempo de render uma arte, mas rendeu uma nova amizade pelo mundo.





Além disso, Rotterdam tem umas praças meio perdidas, prédios com paredes na diagonal, monumentos esquisitos e até cogumelos gigantes pela calçada.

Mais um lugar pra ficar na lembrança e com certeza ter vontade voltar em outro momento. No próximo post prometo mais fotos e também falar um pouquinho do que está rolando aqui em Amsterdam!



quinta-feira, 23 de junho de 2011

Doorgaand verkeer afgesloten.

Meu povo, a busca por aqui segue.
 Estou em novo terreno e conhecendo agora a Holanda.

Cheguei ontem aqui. Hoje já pude ter minhas primeiras impressões, vou contar logo.

Para sair de Paris aquela correria, arrumei tudo na casa do Seth, deixei algumas coisas para ele, e uma hora antes, fui de metrô em direção a GARE DU NORD. É de lá que saem todos os trens para os outros países da europa.


Para me achar naquele baita terminal, o suor pegou.
Eu com uma mala, uma mochila nas costas pesada e um tubo gigante na mão, esbarrando em que sem atravessava na minha frente.

Por fim, encontro os terminais de trem. Bingo! 
Hora de tomar uma água, respirar e secar o suor que a essa hora já havia tomado todo o meu corpo. (blééé)

Depois dessa situação, esperei a hora da partida e acompanhava atento pelo placar eletrônico. Linha 9, destino Rotterdam. Lá vou eu.

Três horas e alguns minutos de viajem, depois de uma cochilada, chego ao meu destino.
Na saída já vejo que não vai ser fácil entender as placas de sinalização. Tá tudo escrito em holandês!! (damn!)

Bom, vou fazer o combinado, procurar a saída e esperar um amigo que ficou de me buscar.

Espero uns 20 minutos, gente pra um lado e pro outro. (Peles brancas, loiras, ruivas!). Avisto de longe o figura, e, até que olhando daqui ele parece holandês também.
Let's go!


Decidimos dormir cedo para aproveitar o dia , caminhamos um pouco pelo bairro, mas voltamos logo. Amanhã o dia tem que ser proveitoso. (walk, walk, walk).

Saimos pra rua! Começo a perceber a cidade.
Ruas bem limpas, ciclo-vias e ao invés de ônibus, o tram, (uma espécie de bonde moderno), que tem em várias cores e vai pra vários destinos.



É diferente da França, me parece mais comportada, menos pessoas nas ruas e a cidade definitivamente não é para turistas, não tem nenhuma placa indicativa em inglês.
Não existem postos telefônicos, informações ou mapas disponíveis facilmente e as placas são todas escritas de uma forma que parece que os caras fecharam os olhos e digitaram alguma coisa. Não to entendendo nada!!

A impressão que eu tenho é que a cidade está toda em reforma. Muitas obras e engenharia de primeira nas pontes e prédios que vi.
Destaque para a arquitetura, muito louca, coisas bem gringas mesmo e enormes construções.

Isso é ainda reflexo da guerra, onde Rotterdam foi quase que totalmente destruída.
Então até hoje estão reformando os estragos e refazendo todo o planejamento do lugar.
Só restaram alguns prédios históricos, e um deles porque era uma das bases alemãs, na 3ª guerra.


 Vejo poucos graffitis, alguns tag, bombs em lugares específicos e marcas apagadas de outros que quiseram deixar seus rastros por aqui.

Aqui é bem mais barato que Paris, as comidas, as roupas, quase tudo. Aproveito pra conhecer algumas lojas interessantes, comprar um óculos e ver o que é tendência por aqui.

Mais uma caminhada e adentramos em um simpático Coffe Shop, afinal, estou aqui para saber o que há de melhor na europa, néãmm!!?


Tô legal! Ou melhor, tô pronto, pra caminhar mais um pouco antes de começar a esfriar e a ventania nos correr da rua. (sim aqui tá frio)
Decidimos ir para um bar para um happy hour!! Olha que beleza.
Pedi pro meu amigo me levar num bar autêntico Holandês. Chegamos ao "Macaco Branco", essa é a tradução do nome original, que com certeza eu esqueci de anotar mas nem vai fazer diferença mesmo!

Emfim voltamos pra casa.  Estou bem, com saúde, me alimentando e bem agasalhado.
(Se alguém tem o telefone da minha mãe, manda esse recado pra ela!)

Depois de amanhã, passadinha em Amsterdam.
Ejoy!!

terça-feira, 21 de junho de 2011

A arte, a desordem e a sola do sapato.


Dia desses me pego pensando longe num desses vagões do Metropolitano de Paris.
Entre cartazes, fones de ouvido e estações que se cruzam, adentram por estas portas gente de todos os tipos.
Respiram suavemente. Olhares ora perdidos, ora brilhantes que dentro de um vagão rotineiro seguem suas vidas numa cidade Cosmopolita.




Eu, como bom forasteiro me perco em meio à tantos caminhos cruzados. Ando mais do que imaginava, mas sempre me encontro, mesmo chegando em portos ainda desconhecidos.



Observo as pernas, os lábios, as mãos.
Gente que não é daqui. Mas que vive Paris.
Entre modernos, clássicos e demodês. Vestimentas típicas, trejeitos e línguas para mim desconhecidas.

Da origem negra, o domínio da cor,  a força. Da indía vem os aromas, a comida, mas também os ambulantes.
De outras partes do mundo, turistas se debatem para uma foto em frente à um monumento.


Para quem nasceu aqui, sempre fez parte da infância, dos pais, dos avós.

A corrida pra sobreviver aqui também é visível. É possível sim, e por aqui há cheiro de oportunidades.


 


Meu caminho, fiz conforme a música que ouvia no parque ou no sopro do saxofone daquele senhor em frente ao Louvre.

Das moedas que deixei, da tinta que ficou na parede, dos amigos novos que fiz, tenho boas lembranças.


Dos dias aqui, todos aproveitados de forma agradável, livre.

Das minha sensações, lembro do medo da chegada, da felicidade de encontrar amigos e da ansiedade em tentar aprender cada dia mais (Eu sou novo aqui, mon sieur!)

Sigo o rumo e desbravo todas essas vielas como andarilho nato.
Aprendi que é necessidade na vida de um homem,
A arte, a desordem e a sola do sapato.

Truck canvas!


Uma das principais características do Graffiti em Paris, além do amontoado de bombs e tags no tunel do metrô, são as inúmeras pinturas em caminhões e pequenos carros com baú.

Em qualquer bairro que estiver, algum carro vai estar pintado ou cheio de tags!


 

  

É todo o tipo de intervenção que se possa imaginar
Entre pequenas preciosidades, garatujas e atropelos, surgem algumas jóias.

Estas, com tempo de validade indeterminado, como todo tipo de intervenção por aqui. Podem durar meses ou apenas algumas horas.

Com certeza na primeira vez que os caminhões são riscados, o dono pensa  "Vou matar o miséravel que fez essa sujeira aqui!" mas no fim, os proprietários desses pequenos "vagõezinhos" particulares já estão até acostumados.



Se mora em Paris e pensa em comprar um automóvel desses, se prepara pra ter um carro customizado, e de graça!